14 de maio de 2011

Penas espalhadas ao vento

PENAS ESPALHADAS AO VENTO



Certo homem percorreu a cidade caluniando o sábio local. Mais tarde, o tagarela deu-se conta do dano que causara e dirigiu-se ao sábio para pedir perdão, prontificando-se a fazer qualquer coisa para reparar o seu erro. O sábio só tinha um pedido: que o caluniador apanhasse um travesseiro de penas e o abrisse, espalhando as penas ao vento. Embora intrigado com o pedido, o tagarela fez o que lhe foi mandado e, daí, voltou a falar com o sábio.

“Estou perdoado?”, perguntou.
“Primeiro, vá e ajunte todas as penas”, respondeu o sábio.
“Mas como? O vento já as espalhou.”
“Reparar o dano causado pelas suas palavras é tão difícil como recolher todas as penas.”

A lição é clara. Uma vez proferidas, as palavras não podem ser recuperadas, e talvez seja impossível sanar o mal que causaram. Antes de divulgar alguma tagarelice, será sensato nos lembrar de que, ao fazer isso, estaremos como que prestes a espalhar penas ao vento.





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